Infomoney – 13/08/2015
Por Marisa Castellani
Um cenário em que TSE aprove a cassação da presidente Dilma Rousseff e vice Michel Temer, quando julgar o mérito de ações impetradas pela oposição para impugnar a chapa vencedora das eleições de 2014, é “pouquíssimo provável”. A chance de TCU rejeitar contas do governo no ano passado, muito maior do que a disputa no TSE, seria o grande alimentador da batalha pelo impeachment no Congresso, diz Lucas de Aragão, sócio da Arko Advice, em entrevista por telefone.
A seguir, principais pontos da entrevista com Lucas Aragão:
“Julgamento em curso no TSE ainda não é sobre o mérito da ação e não significa que haverá cassação de Dilma e Temer”
“Eu me surpreenderia se saísse do TSE uma decisão que alteasse o quadro de poder no País hoje”
“Toffoli já deixou claro que não quer 3º turno no TSE, oposição já tirou o pé do acelerador nesse assunto porque poderia ficar com a pecha de estar trabalhando para tirar a soberania do País”
“Não há grande atores políticos do País defendendo isso”;
“PSDB hoje é muito mais dividido”;
“Seria uma imensa batalha jurídica, com risco de ainda estar em curso quando se aproximasse a data das próximas eleições”;
“Se TSE aprovar o prosseguimento da ação, estará apenas dando um sinal de que instituição está olhando tudo, investigando tudo”;
“TCU deve rejeitar contas de Dilma”, por causa de “erros grosseiros” cometidos pelo governo e por estar passando por uma “crise de reputação”, após dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, ter falado em delação premiada sobre pagamento de propina supostamente para ministro do tribunal”;
“Risco de Dilma é perder o Congresso, porque é ali que se dará a batalha do impeachment”;
“Dilma tem que focar no Congresso e ela está fazendo isso. Ela sabe que o Congresso é dono da chave do impeachment”.